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22 02 SBCAT EledirVitorSobrinho NotíciaComeço estas palavras parafraseando um grande amigo e recente aqui no portal SBCat - “Escrevermos sobre nós mesmos é uma tarefa ardilosa, pois ou caímos na armadilha da humildade excessiva ou na armadilha de fingirmos que alguém fala sobre nós - Alexandre Leiras”. Este relato mais parece uma estrada na Serra do Mar, cheia de curvas e cheia de belezas da natureza, sempre entre amigos. Eu me formei em Engenharia Química em dezembro de 1990, na Universidade Estadual de Maringá - UEM, Cidade onde ainda hoje mora grande parte da minha família. Foi lá, ainda no Colégio Santa Cruz que me interessei pela química nas fantásticas reações realizadas pela Irmã Celsa (in memorian) e pouco mais tarde em um programa tão importante de IC me levou ao interesse pelas “zeólitas”. Na sequência consegui um estágio no CENPES/Petrobras RJ em Janeiro de 1990, onde conheci Prof. Eduardo Falabella de Souza Aguiar (meu orientador de estágio, coorientador de Mestrado e Doutorado e exemplo na vida), os amigos José Marcos Ferreira, Alexandre Fiqueiredo, Luiz Fernando Álvaro e Marcelo Barboza, quando acompanhei testes piloto para a Fábrica Carioca de Catalisadores (FCC S/A).

Em fevereiro de 1991, ingressei no Mestrado DEQ/UFScar, sob a orientação do prof Dilson Cardoso e imediatamente comecei uma negociação entre Reitoria UFScar e CENPES para um convênio “guarda-chuvas”. Convênio este que fui bolsista durante mestrado e doutorado, patrocinado pela FCC S/A. Já em março, conheci a porfª Sibele Pergher (em um curso CYTED sobre Zeólitas com Prof Gianetto) em São Carlos e ficamos amigos e companheiros de trabalho até hoje, nossa primeira cooperação científica, quando trocávamos análises e discussões sobre sínteses. Foram contemporâneos deste programa na FCC-S/A os então colegas, hoje grande amigos, Prof Alexandre Leiras, Prof. Pedro Arroyo e Prof. Lindoval Fernandes. As atividades durante o  Mestrado foram compartilhadas entre UFScar - FCC S/A - CENPES com a inestimável colaboração do Dr. Jorge Gusmão (in memorian). Já durante o período de doutorado, além destas cooperações, tive a imensa satisfação de passar um período de 17 meses na Université de Poitiers, sob a colaboração com Prof. Michael Guisnet.

Meu primeiro congresso importante foi o 7º Seminário Brasileiro de Catálise, 1993, Gramado RS, com  apresentação do trabalho “Desaluminização cíclica da zeólita Y”, trabalho este que nos levou a ganhadores do importante Prêmio Plínio Cantanhede em 1994, como melhor contribuição à ind´sutria do Petróleo, tendo concorrido 13 áreas patrocinadas pelo IBP, com mais de 10 mil trabalhos científicos realizados entre 1990 e 1994.

Em 1998, após a finalização do doutorado, passei um período de 8 meses na UFAL (como pesquisador visitante CNPq-DR, com acompanhamento da profa Maritza Montoya e Prof. Altair Marques), 20 meses na UFRN (como professor Visitante DEQ e IQ, onde fui muito bem recebido pelos profs Gilson Medeiros, Dulce Melo e Marcus Melo), 9 anos na UNIFACS Universidade Salvador (como coordenador do curso de EQ e pesquisador nas Redes RECAT e RECOL, onde tive excelentes trabalhos com Prof. Luiz Pontes, Prof. Prof. Paulo Guimarães, Prol Leonardo Teixeira e Prof.ª Luciene Carvalho), 18 meses no CENPES (como consultor de tecnologia e projetos, com Dr. Eduardo Falabella) e finalmente, voltei para a UFRN no Instituto de Química, para colaborar com a produção do Curso de Química do Petróleo, tendo sido vice-coordenador de curso e atualmente Diretor do Instituto de Química - IQ/UFRN.

Ao longo desses mais de 30 anos, foram muitas participações de Seminários e Congressos Nacionais e Internacionais, Mundial de Catálise, Mundial de Zeólitas, com destaque para a organização alguns CBCat’s e a coordenação geral do 5PDPetro (Salvador-BA). Tive muitos aluno de IC’s, de TCC’s, de mestrado e coorientações de doutorados. Fui coordenador de curso, Vice-Diretor de Departamento Engenharias (UNIFACS), Vice-coordeador de Redes de Pesquisa, Coordenador de PRH-ANP (por mais de 9 anos), consultor de projetos,  muitas colaborações de pesquisa e tecnologias. Sempre procurando a somar esforços para o desenvolvimento e as cooperações entre universidade, empresas e sociedade. Atualmente, além do trabalho administrativo na Direção do IQ/UFRN, colaboro com de grupos de pesquisa importantes neste Instituto nas áreas de Catálise, Meio Ambiente, Petróleo e Derivados.

Posso não ter citado, nas “curvas da minha estrada da serra do mar” todos os nomes de grande amigos e grandes profissionais que tive ou ainda tenho relações importantíssimas de amizade e de trabalho, mas estão todos contemplados na minha trajetória e memória.

Po último, gostaria de destacar que não há nada mais importante para um professor quando se recebe uma mensagem pessoal de final de curso ou final de tese agradecendo e demonstrando o reconhecimento pelos ensinamentos e trabalho conjunto.  Posso dizer que não foram poucos.

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