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27 09 SBCAT QUEM SOMOS Zuy Maria Magriotis NotíciaEm 1983 iniciei minha graduação em Engenharia Química na Universidade Federal de Minas Gerais com o propósito de trabalhar em pesquisa, mas nesta época eu ainda não sabia em qual área. No 7º período me encantei pela disciplina de Cinética e Cálculo de Reatores, lecionada pela professora Maria Luiza Faria de Moraes Gonçalves, que me incentivou a fazer mestrado na área de cinética no Programa de Engenharia Química (PEQ) da COPPE.

Em 1988 fui fazer o mestrado com o Prof. José Luiz Fontes Monteiro trabalhando com determinação de parâmetros cinéticos da reação de condensação aldólica realizada em reator CSTR. No desenvolvimento do projeto tive ajuda de várias pessoas, mas em especial agradeço a ajuda da Profa. Cristiane Assumpção Henriques, que na época era aluna de doutorado do Prof. José Luiz. O desenvolvimento do projeto foi no grupo de Catálise e Cinética do PEQ e foi onde tive meu primeiro contato com a catálise. Observando o trabalho dos meus colegas de laboratório (Cristiane Henriques, Dora, Fábio Bellot, Fábio Passos, Carla Hori, Nádia R. Camargo Fernandes, Rosenir R. C. Moreira da Silva, Victor Teixeira, entre outros) apaixonei pela catálise. Assim, quando terminei o meu mestrado, disse ao Prof. José Luiz que queria fazer o doutorado na área de catálise. Desenvolvi meu doutorado em modificação de mordenita (desaluminização e efeito de matriz) sob a orientação do Prof. José Luiz e do Dr. Patrick Gélin do Institut de Recherches sur la Catalyse et l'Environnement de Lyon/França (IRCELYON). Minha estadia na França (1992-1994) foi muito produtiva: fiz toda a parte de síntese dos catalisadores e algumas caracterizações que, na época, eu não tinha acesso aqui no Brasil, como a adsorção de CO a baixas temperaturas acompanhada por FTIR para caracterização de acidez em zeólitas, adsorção/dessorção de CO e m-xileno, entre outras. Após o doutorado trabalhei 2 anos no recém-criado Núcleo de Catálise – NUCAT/PEQ/COPPE em projeto de pesquisa sobre zeólitas sob a orientação do Prof. José Luiz.

Meu primeiro congresso de catálise foi o 5° Seminário Brasileiro de Catálise em 1989 no Guarujá, quando estava fazendo mestrado e, com exceção de 1993, período que eu estava na França, fui em todos até 1995. Dei uma pausa...

Em 2005 passei no concurso para professora do Departamento de Química da Universidade Federal de Lavras (UFLA) e, como pesquisa em catálise é dispendiosa, no início de minha carreira de docente comecei a trabalhar com adsorção de poluentes e me dediquei na implantação do Laboratório de Catálise e Biocombustíveis e o Laboratório Multiusuário de Análises Instrumentais. Em 2006 voltei a participar dos congressos de catálise. Participei da comissão científica do IX Encontro Regional de Catálise da Regional 3 realizado em Lavras em 2010 e do 16o Congresso Brasileiro de Catálise realizado em Campos do Jordão em 2011. Hoje sou professora titular do Departamento de Engenharia Química e de Materiais da UFLA e trabalho na área de catalisadores para síntese de biocombustíveis (zeólitas e óxidos sulfatados), pirólise de biomassa oriunda de atividades agroindustriais e adsorção de contaminantes em água.

A vida profissional de um professor vai além da docência e da pesquisa, é importante contribuir para o crescimento institucional, assumindo cargos administrativos. Assim, exerci os cargos de Subchefe de Departamento, Diretora de Meio Ambiente (onde coordenei as ações do Plano Ambiental da UFLA colocando-a em 1º lugar no ranking de universidades sustentáveis), Coordenadora de Curso (onde tive o privilégio de participar do processo de criação e implantação do curso de graduação em Engenharia Química) e Diretora da Escola de Engenharia (onde participei do processo de implantação da nova estrutura organizacional da UFLA).

Acredito que a catálise é essencial para o desenvolvimento sustentável. A ecoinovação, que integra tecnologias limpas, está redefinindo os processos industriais, nos quais os catalisadores são as figuras em destaque.

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