Autor: Manuela Lisboa de Oliveira
Orientador(es): Dr. Luiz Antônio Magalhães Pontes e Dr. Ronaldo Costa Santos
Instituição: Universidade Federal da Bahia
Regional: Nordeste
Data da defesa: 27 de abril de 2020
Local da defesa: Salvador - Bahia, Brasil
Resumo: O teor de compostos sulfurados presentes nos combustíveis, utilizados em motores automotivos de combustão interna, tem sido, cada vez mais, controlado devido a regulamentações ambientais mais rígidas em vigor em diversos países. A redução de compostos tiofênicos, em particular, apresenta alto grau de complexidade devido a estabilidade eletrônica do anel aromático. Desta forma, há uma busca por processos e materiais mais limpos, com elevada seletividade, viabilidade econômica e que possibilitem a redução dos tiocompostos com formação de H2S ou através da abertura do anel, proporcionando a formação de produtos de cadeia aberta mais facilmente eliminados. Neste contexto, este estudo avaliou as transformações do 2-metiltiofeno, como composto modelo em uma corrente de n-hexano, utilizando argilas ativadas pilarizadas e incorporadas com zinco, visando avaliar a abertura do anel tiofênico e a formação de H2S. As modificações texturais, estruturais e físico-químicas foram analisadas por DRX, Fisissorção de N2, FRX, MEV, TG, DRIFTs – C5H5N, TPD – NH3 e TPO. Os catalisadores foram avaliados em uma unidade de laboratório dedicada, exclusivamente, a estudos de transformação de moléculas sulfuradas. As reações ocorreram a temperatura de 450°C, sob pressão atmosférica, com velocidade espacial de 0,83 s -1 . As argilas foram modificadas a partir da incorporação de pilares de alumina e impregnação de zinco. A acidez do catalisador e as reações secundárias de transferência de hidrogênio foram avaliadas e relacionadas à formação dos produtos. Catalisadores com maior razão de sítios ácidos de Brønsted/Lewis promoveram as reações de transferência de hidrogênio, favorecendo a produção de H2S, enquanto que, aqueles com maior quantidade de sítios ácidos de Lewis favoreceram a formação de mercaptanas. As argilas pilarizadas levaram a formação preferencial do 2-propanotiol, enquanto que, as argilas não pilarizadas formaram mais H2S. O catalisador mais seletivo para formação de 2-propanotiol foi o Zn/KSF-PILC (67%), enquanto que, a KSF e a Zn/KSF formaram mais H2S (94% e 88%, respectivamente).
Palavras-chave: Argilas pilarizadas (PILCs); Abertura de anel tiofênico; 2- metiltiofeno; 2-propanotiol; H2S